E esta minha mania de publicar um post de “regresso ao blog” para depois desaparecer novamente durante meses? Escrevi-vos apenas duas vezes em 2021: para dizer que estava de regresso, depois de andar mais silenciosa nos primeiros meses do ano, e para partilhar algumas fotografias da minha ida ao Gerês, em maio. Tenho boas razões para defender esta minha última ausência mais prolongada – mas tenho ainda melhores para regressar. Se a minha ausência no primeiro semestre deste ano se deveu ao cansaço, principalmente emocional, pelas consequências da pandemia, desta vez afastaram-me melhores motivos. No início desta segunda metade do ano, quase numa compensação não propositada da primeira, não tinha mãos a medir: regressei à comunicação num novo desafio profissional, terminei a minha tese de mestrado e, nos pouquinhos tempos livres, reuni-me com as minhas pessoas o mais possível, depois de tantos meses mais afastadas. Entre dias de trabalho, noites de tese e convívios de fim-de-semana, não houve tempo para muito mais.

No entanto, estou mesmo de regresso – e na melhor altura to do so. Estes últimos meses do ano – de setembro a dezembro, sensivelmente – são os meus preferidos, por várias razões. Desde pequena que adoro os longos dias de verão mais do que quaisquer outros, mas cada vez mais dou por mim num dilema entre pele morena e mergulhos no mar ou passeios pelos jardins cobertos de folhas caídas e maratonas de filmes natalícios – esta nossa necessidade de nos definirmos, como se não houvesse espaço para gostar de ambas as estações! De qualquer forma, associo muito esta fase de outono e início de inverno ao recomeço, à nostalgia, à oportunidade – e, sempre que penso nesse estado mais romântico de ser, recordo-me deste cantinho, de que tanto gosto. Regresso com muitas ideias e uns quantos planos também. Desse lado, podem esperar o mesmo de sempre: muita escrita, muita moda e muito carinho por este cantinho que não largo por nada.