
Moda | Conscious Fashion Series: Preço/Qualidade
Há duas semanas publiquei a minha primeira wishlist no blog, onde partilhei algumas peças que adoraria comprar, maioritariamente de marcas portuguesas. No entanto, confesso que, depois de partilhar o post, me apercebi de que muitas das minhas escolhas estavam bem acima do comum acessível, do que o meu próprio círculo de amigas(os) poderia comprar. Penso que, ainda que sem querer, possa ter contribuído para o estigma de que comprar made in Portugal é muito mais caro do que comprar nas marcas fast fashion – e senti-me na obrigação de dizer algo sobre isso numas stories no meu instagram, que ainda encontram nos destaques de slow fashion. Nessa linha de pensamento, decidi escrever algumas ideias sobre a famosa relação preço/qualidade.
No início deste semestre de aulas de mestrado, numa cadeira no âmbito do comportamento do consumidor, surgiu uma conversa sobre o preço enquanto indicador de qualidade, que me remeteu logo para a área da moda. Esta ideia define-se, resumidamente, em demonstrar e comprovar qualidade através dos preços marcados – quanto maior o preço, maior a qualidade. Não precisamos de procurar muito longe: consideremos o grupo Inditex. Uma grande parte das pessoas que conheço considera a Zara uma das marcas de melhor qualidade do grupo, em comparação com a Bershka ou a Pull&Bear. No entanto, se a Massimo Dutti ou a Uterqüe entrarem na equação, a Zara quase automaticamente desce para uma posição inferior. Pelo corte das peças? Pela composição dos tecidos e materiais? Pelo preço? De certa forma, enquanto consumidoras(es), frequentemente assumimos a qualidade de determinada marca pelos preços que esta pratica, independentemente de se conhecer qualquer atributo das peças – e, por vezes, sem sequer alguma vez entrar na respetiva loja. Quanto do preço representa a nossa ideia em relação à marca?
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