Partilhei no instagram, há algum tempo, que o segundo confinamento se revelou bastante mais difícil para mim comparativamente ao primeiro, em março do ano passado – e, pelo que acompanhei, pareceu-me não ser a única a senti-lo. Os primeiros meses de pandemia foram uma oportunidade para responder a uma necessidade que sentia há muito tempo – a de passar mais tempo em casa, a de regressar ao slow living e a de conseguir recentrar-me, com mais disponibilidade para além daquela que umas férias permitem. Não me quero alongar nas razões pelas quais estar constantemente em casa, por tempo indefinido, começa a ser destrutivo a partir de um certo ponto – estamos todas(os) cansadas(os) deste assunto, creio – mas gostava ainda assim de dizer que, no meio de toda esta confusão de emoções, a minha capacidade de reconhecer e de, principalmente, abraçar a incerteza tem-me vindo a surpreender.

Se, por um lado, esta minha nova visão acerca da incerteza parece melhorar a cada dia que passa, por outro as minhas saudades de sair de casa para conhecer novos destinos, deixar-me deslumbrar por magníficas paisagens e inspirar-me nos momentos que não se repetem enfrentam os seus piores dias. Para fugir às semanas que parecem sempre iguais, decidi rumar ao Gerês, para conhecer um dos sítios por que tinha mais curiosidade no nosso país. Surpreende-me a forma como, por mais que visite e revisite alguns dos destinos mais conhecidos do globo, os meus olhos continuam a brilhar sempre que vêem algo novo pela primeira vez, independentemente dos km de distância. À semelhança dos meus dias em Vilamoura, no final do verão passado, vou deixar-vos apenas algumas imagens dos meus dias pelo Gerês. Escolhemos a Pousadela Village para nos acolher durante a nossa estadia e correspondeu a todas as nossas expectativas. O tempo parece passar mais devagar quando estamos num sítio tão generosamente rodeado de natureza. Deixo-vos algumas fotografias destes dias pelo Gerês! Hope to see u soon!