DIARIES

Diaries #4 – Porto Diaries

De todas as promessas que fiz a mim mesma no início deste ano, existe uma que anda na minha cabeça há mais tempo do que qualquer uma das outras – fazer mais viagens. Se me conhecem pessoalmente, sabem que antes da pandemia as viagens eram uma constante nos meus dias, porque trabalhar era sinónimo de andar de avião – e, muitas vezes, de passar um ou dois dias em diversas cidades por esse mundo fora, para fazer o primeiro voo da manhã do dia seguinte de regresso a Lisboa. E apesar de, nesses tempos, sentir saudades de um estilo de vida com mais rotina e estabilidade, meses depois percebi que a sensação de que Londres está a duas horas, Estocolmo a quatro e Nova Iorque a sete, que o mundo está à distância de um voo na minha escala, deu-me uma visão de liberdade de que me custou muito – e ainda custa – despedir.

Em 2020 ainda fiz algumas viagens, principalmente nos primeiros três meses do ano. Lembro-me de que a minha última estadia foi em São Miguel, no dia 10 de março. Lembro-me de regressar na manhã de dia 11 e de voar novamente para os Açores, para a Terceira, no dia 12, para depois começar duas semanas de férias que “curiosamente, calharam nas duas semanas de confinamento para achatar a curva do número de contágios”. Lembro-me de estar aborrecida por não poder marcar as duas viagens planeadas para essas duas semanas seguintes – Irlanda e Áustria -, mas pensar que, pelo menos, podia passar algum tempo em casa. Os meses passaram e, apesar de não ter saído do pa´ís desde então, nesse ano ainda consegui descer a Costa Vicentina, passar umas semanas no Algarve – na casa de férias da minha infância e também em Vilamoura – e ainda dar um saltinho ao Porto num fim-de-semana. Pareceu-me bem, nesse ano em que sair do país parecia um pequeno filme, com regras, restrições, vacinas ainda por chegar. No entanto, 2021 trouxe um segundo confinamento (que me custou muito mais do que o primeiro) e um novo desafio profissional que coincidou com a entrega da minha tese, pelo que não houve nem tempo nem disponibilidade para viagens.

Não sabia o quanto preciso de sair do meu cantinho até não poder e, apesar de sempre saber que gosto tanto de ir como de regressar, penso que substimei o quanto gosto da ida – porque deixei de saber estar bem sem poder ir. Por essa razão, a resolução deste ano em que mais pensei foi esta mesmo – a de ir, de regressar, de ir novamente, de regressar de novo, de ir uma vez mais, quantas quiser. Com os números de casos a subir e ainda com algum receio de fazer grandes planos que possam ser cancelados, marquei um fim-de-semana no Porto com a minha Jéssica – a última vez que fizemos uma viagem juntas foi em 2014, na nossa viagem de finalistas a Londres; há quanto tempo! – para sairmos um bocadinho da nossa cidade e visitarmos uma de que tanto gostamos. Soube-me mesmo bem regressar a uma das minhas cidades preferidas, que me recebe sempre tão bem. Deixo-vos algumas fotografias deste fim-de-semana, em forma de “Diaries“, sem grandes edições nem grandes dicas para vos dar, apenas a luz da cidade pela minha lente. Espero que gostem!

inesnobre
Um blog sobre o que mais me apaixona, como melhor me sei expressar - pela moda e pela escrita.

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